O Feedback no Brasil é igual ao praticado no resto do mundo? - Russell Bedford Brasil Botão para mostrar o Aviso Skip to main content

Lembro de ter lido, uma vez, uma matéria muito interessante de uma revista mundialmente conhecida. O título da matéria era “isso tá uma porcaria”.

O artigo falava de como as pessoas, em diversas culturas pelo mundo, estão acostumadas a dar e receber feedback focando apenas os problemas.

Por exemplo: na Alemanha e na Holanda, os gestores preferem falar de forma mais direta e sincera possível, assim trazendo para a mesa o cenário mais realista. Na Inglaterra, os gestores são mais sensíveis e sutis, usam muitos eufemismos e alegorias, permitindo assim uma conversa mais lúdica. Como sabemos, os americanos tendem a serem mais mistos, trazendo para o feedback, no primeiro momento, coisas positivas e depois tratam das questões que merecem atenção e esforço de melhoria.

O mais importante aqui é perceber que, independente da forma e da cultura, o feedback é um hábito e uma constante no trabalho desses países.

E no Brasil? Você diria que temos a cultura do feedback?

Em meus 12 anos como coach e consultor de empresas, percebi que, para muitos profissionais, dar um feedback chega a ser quase um crime inafiançável. Nossos esforços se voltam para poupar os sentimentos dos colegas, seja por consideração ou por medo de retaliações, e não para corrigir uma necessidade.

Após recolher, por muitos anos, essas preocupações em relação à reação dos liderados, concluí que essa mentalidade nos trouxe muitos danos. Pactos silenciosos de mediocridade entre colegas de equipe, líderes extremamente estressados e sobrecarregados, e colaboradores conformados e viciados na zona de conforto.

Porém, quando recebemos informações, notícias e comentários sobre grandes empresários do nosso país, observo que a grande maioria deles costumam das feedback sem economizar nas críticas, sem medo e sem pena.

Isso não significa que devemos sair por aí distribuindo patadas e sinceridades doloridas. Mas, sim, devemos conversar com as pessoas de forma aberta, transparente e com respeito.

Um feedback só é legítimo quando é acompanhado de ações concretas, objetivando mudanças ou aprimoramentos.

Acredito que dar feedback seja a principal atribuição na rotina de um verdadeiro líder. Mas não basta o líder ter essa vontade, essa disposição, se a empresa não estiver disposta a ouvir a tudo e a todos. A mentalidade de aprendizado e abertura é uma ótima plataforma de evolução profissional.

Precisamos aprender a nos comunicar melhor, de forma mais consciente, assertiva e inteligente. Se nos distanciarmos da situação e observarmos de fora, perceberemos que quase todos os problemas de gestão nas empresas brasileiras passam pelo feedback. Tanto no despreparo do líder, que o faz malfeito, quanto pela empresa que não apoia o líder nesse momento.

Se você deseja que sua empresa tenha uma evolução saudável, verdadeira e sólida, não abra mão desta ferramenta. O feedback torna as equipes mais produtivas, os colegas mais próximos, os pares mais parceiros e os profissionais envolvidos melhores a cada encontro.

 

“Liderança é o desejo apaixonado de fazer a diferença.” – John C. Maxwell

Diogo Monticeli Rocha

Sócio Gerente de Expansão

Russell Bedford Brasil

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