Resultado da quarta revolução industrial, o conceito de Indústria 4.0, também chamado de Manufatura Avançada ou Indústria Inteligente, foi apresentado pela primeira vez na Alemanha, na feira de Hannover, em 2011. De lá para cá, o termo tem ganhado cada vez mais força nas discussões do setor, e se consolidará como realidade nos próximos anos.
Ao utilizar novos artifícios tecnológicos, a Indústria 4.0 veio para trazer ainda mais eficiência, planejamento e segurança às empresas.
Entendendo a criação da Indústria 4.0
Para entender a criação da Indústria 4.0, é interessante desenvolver o fio histórico que antecedeu sua idealização.
Em meados de 1750, por meio da integração e aprimoramento da máquina a vapor nas indústrias, a primeira revolução industrial ocorreu. Nesse quadro, os avanços feitos por James Watt foram responsáveis por dar papel de protagonismo às indústrias têxteis da época.
A segunda revolução industrial, por sua vez, teve espaço entre o período de 1850 a 1870. Sua premissa foi a produção em série, idealizada por Henry Ford.
Desta vez, o uso da energia, bem como da utilização de aço e combustíveis derivados do petróleo foram principal matéria-prima e contribuição do período.
Já na década de 1940, a terceira revolução industrial, ainda presente nos dias de hoje, foi encarregada de fazer uso pela primeira vez da tecnologia da informação, internet e de sistemas robóticos no meio industrial.
A Indústria 4.0, por fim, fruto da quarta revolução industrial que está para acontecer é a união das inovações tecnológicas com a velocidade em que vivemos hoje.
Ela traz para o meio empresarial um novo paradigma, tendo por característica principal a sinergia entre os mundos digital, físico e biológico, além de maior interoperabilidade.
Tecnologias responsáveis pela indústria 4.0
As principais tecnologias responsáveis por essa fusão são denominadas:
- 3D – Manufatura Auditiva, IA (Inteligência Artificial)
- IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas)
- SynBio (Biologia Sintética) e CPS (Sistemas Ciber Físicos).
Neste contexto, a 3D – Manufatura Auditiva, popularmente chamada de Impressora 3D, é capaz de fazer de forma autônoma a edição de materiais para a fabricação de objetos, construindo assim uma linha de montagem.
Na feira de Hannover, ela se tornou peça fundamental para a apresentação de soluções das empresas, que em geral visam, com a criação dos produtos feitos pela impressora, a diminuição do custo de reposição de peças defeituosas na produção.
Inteligência artificial aplicada a Indústria 4.0
A Inteligência Artificial é uma parte da tecnologia que possui por objetivo criar mecanismos capazes de simular as atividades do homem, como pensar, tomar decisões e solucionar problemas. Simplificando, ao fazer uso desta tecnologia, as máquinas podem ser capazes de imitar o cérebro humano, podendo assim automatizar diversos processos na produção.
Já a Internet das Coisas, por intermédio da conexão das máquinas a uma rede de internet, traz a ideia de fazer com que elas, através dessa rede interajam entre si, buscando melhores formas para a eficácia do trabalho como um todo.
Aliado a isso, a Biologia Sintética fica encarregada de fazer a junção dos avanços tecnológicos às áreas da química e biologia.
A última das principais tecnologias citadas a serem introduzidas pela Indústria 4.0, os Sistemas Ciber Físicos realizam o encontro do mundo digital com o físico.
Seguindo a proposta pela inovação, todas as máquinas ou linhas de produção, “digitalizarão” todas as suas atividades. Ou seja, elas irão ter o que pode ser chamado de semelhante digital.
Unindo todas estas modernidades, as indústrias 4.0 irão atingir outro patamar na execução de seus serviços.
No Brasil, o principal objetivo é alavancar o mercado industrial, assim como seu status tecnológico, que nos últimos anos vem tendo significativo decréscimo.
Dados sobre a indústria
De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2016 as indústrias ocupavam 11% do PIB brasileiro. Em 1985 o número era quase o dobro, 21%. Indicativos também do CNI, em conjunto com o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que entre 2010 e 2016, o nível de produtividade industrial do país decaiu 7%.
Nesse contexto, o mercado de trabalho terá uma configuração cada vez mais exigente por especializações na área tecnológica. As empresas que não buscarem por novos parceiros nesta empreitada industrial, assim como não adaptarem sua gestão financeira, física, regulamentadora e informacional, certamente enfrentarão problemas para continuar com força no mercado.
O que esperar da Indústria 4.0?
Com a proximidade da Indústria 4.0, serviços capazes de levar maior confiabilidade e segurança aos sistemas corporativos, por exemplo, se farão ainda mais necessários nas empresas que tenham o objetivo de permanecerem no mercado.
O Grupo Maciel conta com profissionais altamente especializados em todos os tipos de auditoria em sistemas corporativos.
Em conjunto com a empresa, o grupo pode fazer com que o sistema informatizado da instituição esteja de acordo com os melhores padrões técnicos de desenvolvimento, além de fazer um estudo completo sobre os pontos críticos da gestão informacional, apontando novos direcionamentos de recursos e possibilitando assim o investimento em novas tendências no mundo da tecnologia.
A expectativa envolvendo a Indústria 4.0 é grande.
Segundo dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), se bem-sucedidas na aplicação dos conceitos da Indústria 4.0, as empresas brasileiras podem chegar a uma economia de R$73 bilhões.